DIÁRIO DE BORDO – Triângulo das Bermudas
O pessoal do Fantástico veio me entrevistar. Meu companheiro de viagem havia dado um depoimento onde descrevia abdução por seres alienígenas e uma passagem pelo Triângulo das Bermudas.
Eu, sinceramente não posso garantir que fomos parar no Triângulo das Bermudas, pode ter sido um devaneio. Afinal, já estávamos há dias em alto mar, em uma lancha à deriva, sem água, debaixo de um sol quente. Devaneio ou não, o que posso dizer é que foi uma aventura e tanto. É claro que não contei nada disso pro pessoal da televisão, pra não ser chamado de louco. Conto pra vocês porque estou entre amigos e sei que não vão duvidar da minha sanidade mental.
A primeira sensação que tive foi de estar indo a pique, como se estivéssemos entrando em uma espiral descendente, um redemoinho nos arrastando para o fundo do poço. E o poço, no caso, era o Oceano Atlântico. Para minha surpresa, em vez de irmos parar no quinto dos infernos, desembarcamos numa ilha paradisíaca, com um grupo de nativas enfeitadas com flores, tocando ukelelê, dançando e cantando um tradicional tema de boas vindas. Meu parceiro de viagem pegou o pandeiro e rapidamente se incorporou ao festejo, animado com a recepção. Eu, mais comedido, tentei através da linguagem dos sinais descobrir se alguém tinha um aparelho celular. Sem sucesso. As moças só queriam dançar e cantar.
Fomos levados à presença do chefe, um sujeito bonachão, boa praça, que nos saudou, lá na língua deles, com um discurso de boas vindas. Pelo menos foi o que imaginei, já que trazia o tempo todo um sorriso estampado no rosto.
Depois de sermos banhados pelas belas nativas, ganhamos colares de flores e fomos levados a um banquete de iguarias naturais como eu jamais havia visto. Tomei água de coco e comi frutas deliciosas, de tipos e sabores variados. Parecia um sonho. Só não aceitei uma bebida exótica que tinha uma coloração estranha e o cachimbo feito de bambu, que passava de mão em mão. Meu amigo, ao contrário, caiu de boca em tudo.
Com a barriga cheia, felizes e recuperados, fomos carregados nos braços em um alegre desfile até uma espécie de altar, no alto do morro. Só quando vi o caldeirão fumegando foi que me dei conta que estávamos sendo preparados para virar sopa de índio.
(continua)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Caro Kledir, boa noite, como vai?
ResponderExcluirMeu nome é Fernando Damiani, tenho 27 anos, sou gaúcho de Poa mas atualmente resido em São José do Rio Preto-Sp.
Gostaria de tirar duas dúvidas contigo:
Primeira Dúvida: eu tenho a impressão que teu filho ou o filho do Kleiton estudou no Colégio Mãe de Deus, em Porto Alegre, estou certo? É que eu também estudei lá e tenho quase certeza que via tu ou teu irmão indo lá buscar o filho ou filha...Me corrija se eu estiver enganado...
Segunda Dúvida: por acaso vocês estiveram em Ribeirão Preto-Sp entre este mês e o mês passado? Tenho quase certeza de tê-lo visto no Novo Shopping em Ribeirão há questão de duas ou três semanas...
Gostaria de enfatizar o quanto gosto de vocês, pois as músicas de vocês além de serem belas, como "Paixão" e "Horizontes", me trazem uma nostalgia e uma saudade de Poa que dói na alma...Mas faz muito bem ouví-las! Só quem é Gaúcho entende o nosso amor pela nossa terra...
Um abraço de um fâ que gosta muito de ouví-los.
Fernando Damiani